Dispensado do Bahia vira solução no Vitória

Se é verdade que nascer virado para a lua rende sorte, Daniel caprichou. Dispensado do Bahia após o estadual, o lateral-esquerdo, 24 anos, entra na vaga de Marcelo Cordeiro, contundido, e aparece no Vitória às 21h45, contra o São Paulo, no Barradão. E o titular Cordeiro está vetado também para o jogo de domingo, contra o líder Flamengo, no Maracanã.

Chance melhor, impossível, o que realça a firmeza do atleta no olhar e no falar. “Chegou minha hora. Estou preparado para fazer uma boa estréia”, garantiu o debutante no time e também no Brasileirão. O currículo inclui Ipitanga, Ituiutaba-MG, o gaúcho RS Futebol, Votoraty-SP, Atlético de Alagoinhas, Confiança-SE e Bahia.

Desconhecido de Vágner Mancini, Daniel chegou à Toca do Leão no início de junho para período de 30 dias em teste. Mas só precisou de 20 dias para convencer o técnico e assinar contrato.

Da diretoria rubro-negra, já era conhecido. Apesar de ter saído dispensado do Fazendão, ele é grato ao ex-clube. “Influenciaram as partidas que fiz aqui (no Barradão) num momento em que estava desacreditado, principalmente os dois Ba-Vis”.

Criado no bairro de Itinga e assíduo espectador dos treinos do Bahia pela proximidade – “eu tinha uns 12 anos, nem imaginava (ser jogador)” –, Daniel tem o desafio de prolongar o contrato vigente até o final do Brasileiro. Hoje à noite, Mancini deposita confiança. “Eu perco porque Marcelo Cordeiro já está inserido no esquema de jogo, mas ganho com o entusiasmo do Daniel”. Responsabilidade grande: Cordeiro tem dois gols e três assistências na Série A.

A outra novidade rubro-negra é o meia Marco Antônio, ex-São Paulo, na vaga de Renan, fora devido a cláusula no empréstimo com o tricolor paulista. Ele garante que enfrentar o ex-clube não muda muito. “Um jogo contra o São Paulo é sempre especial, mas eu encaro como mais um jogo importante na minha vida”.

A troca no meio-de-campo muda o perfil do time. “Eu não tenho o mesmo poder de marcação do Renan e o Mancini sabe disso. Por outro lado, ele pode ganhar em uma saída de bola”. Avaliação idêntica à do técnico. Informações de Herbem Gramacho do Correio da Bahia Quatro ausências no Tricolor paulista
Muricy Ramalho tem problemas para escalar a equipe do São Paulo. São quatro desfalques: Miranda e Borges, machucados, e André Dias e Aloísio, suspensos. Sem dois zagueiros e dois atacantes, o treinador tem poucas opções. Na zaga, deve improvisar Zé Luis ao lado de Alex Silva, com Juninho ou até o garoto Aislan completando o trio. O treinador pode optar ainda pelo 4-4-2, deixando Zé e Alex Silva atrás, escalando Éder na lateral e Joilson no meio.

– A gente não está com tantas opções assim, perdemos muitos jogadores. Vamos estudar mais o adversário e como não tem treinamento, ainda não tem time definido. É preciso analisar mais o setor de defesa, o adversário tem dois jogadores muito rapidos na frente. E o Aislan e o Juninho não são tão velozes quanto o André Dias – explica o treinador, dando a entender que o 4-4-2 é realmente uma possibilidade.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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