Entrevista revoltante, espúria e falaciosa.

Revoltante, espúria, falaciosa. A entrevista de Paulo Maracajá ao ATEC revela a personalidade assoberbada e doentia própria dos ditadores, daqueles que costumam se autoproclamar salvadores da pátria, que envolvem a todos que os cerca com palavras doces e cativantes, mas que na verdade é o lobo em pele de cordeiro, a catarse em pessoa, o apocalipse vivo.

E é fato que é possível contar um monte de mentiras dizendo apenas a verdade: não foi ele – e sim Antônio Pithon – quem colocou o Bahia no Clube dos 13, mas até hoje ele carta em cima deste fato e ilude a todos os seus seguidores, binhotários de carteirinha.

Também ilude aos incautos, ao afirmar que não existe ditadura no Bahia mas ele próprio é a figura nefasta que, disfarçado – “eis que eu o enviarei como um lobo entre os cordeiros” – e protegido por um séquito de fantoches e laranjas, posa de vestal da moralidade proferindo mensagens positivistas e meramente ilusórias.

Ele é a personificação da imoralidade, porque sempre se manteve dono mas deixou de expor a jugular, colocando “amigos” para representá-lo enquanto sobrevive em um cargo de confiança, o qual ascendeu não por mérito mas por absoluta conveniência, embolsando 22 mil reais por mês apenas como Conselheiro do TCM em um país de fome e de salário mínimo.

Quando há demérito, não foi ele; quando há alguma vitória, foi devida ao “eterno presidente”. De forma ardilosa, omite fatos relevantes e verdadeiros, tais como a melancólica composição do Conselho Deliberativo – pontilhado de filhos, sobrinhos, viúvas, porteiros e frentistas, meros bois-de-piranha colocados ali apenas para constar um nome; o dinheiro da viagem ao Gabão que jamais alguém viu a cor do dinheiro; as transações nebulosas de Bobô, Charles, Luis Henrique e mais recentemente a de Daniel Alves.

Não existe volta à presidência, porque ninguém pode voltar de onde jamais deixou de estar. Apenas por um momento ele deixou de comandar as rédeas do clube – na gestão de Pithon – e ali ele viu que seria destruído, que toda a sua farsa e máscara cairiam como estrelas cadentes, e então partiu para o ataque feroz até a deposição de Pithon, aliado aos mesmos que hoje se opõem ao próprio: César Oliveira – que colocou no jornal um pedido ao falecido Senador ACM para que interviesse no Bahia mas aparecia nas tvs e rádios a mando de Maracajá falando mal de Pithon – era um deles.

Como nenhum outro, conhece intimamente a vida do clube, fato que trascende a sua condição de “apenas conselheiro”. Afirmo categoricamente: se este Sr. oficializar o seu retorno ao Bahia, será o fim, será o retorno à Idade Média, a instauração da república das trevas. Não lhe desejo mal algum enquanto pessoa, até porque ele nada me fez, mas não posso, torcedor que sou, compactuar, acatar, entender ou comemorar a possibilidade dele de novo lá.

E peço a todas as forças do Universo que expurguem e exorcizem esta idéia de sua cabeça, porque ele é o verdadeiro motivo do Bahia estar onde está: no limbo do futebol brasileiro.Duda Sampaio.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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