Começo a achar que não temos nada

Eu começo a achar que não temos nada. Nossos zagueiros começaram a falhar, o conhecido Mendes, que nunca foi nenhum craque fez dois gols e poderia ter feito 4, o goleiro oscila entre boas e más apresentações, nosso “craque”, que já foi Elias, hoje é Ávine, portanto, não precisa dizer muita coisa. Como bem disse o Dalmo, o Juventude é bem fraquinho, aliás, a segunda divisão vem demonstrando um péssimo nível, até agora o Bahia só pegou time ruim, e acredito que vai ser assim com os próximos adversários, no entanto, com toda fraqueza, não conseguimos bons resultados.

Vejam os exemplos: não conseguimos ganhar do Fortaleza de Paulo Isidoro(pensei que já tinha encerrado a carreira), perdemos para o Santo André de Marcelinho Carioca (já encerrou a carreira), perdemos do Barueri de Guaru (nunca teve carreira) e ontem fomos goleados pelo Juventude do velho Mendes. Fiz questão de citar apenas os destaques dos times, só por aí da pra ter uma idéia de como estamos mal das pernas. Concentro as minhas esperanças na ruindade alheia, talvez, por conta dela, permaneçamos na segunda divisão; nem cogito ascensão. Será que vai ter gente dizendo que estamos no inicio do campeonato?

Enquanto isso, o Vitória me surpreende. Eu que já tive muito orgulho de ser tricolor, hoje, infelizmemnte, tenho que olhar para o lado e bater palmas para o nosso rival, que está longe de ser o que fomos, tão longe quanto estamos dele atualmente.

Os resultados obtidos pelo rubro negro vão além de simples contratações, são fruto de uma estrutura de primeira divisão. Hoje o Vitória pensa grande, isso faz a diferença. Nós entramos derrotados, os campeonatos se iniciam e as nossas perspectivas são sempre modestas, não pensamos em ganhar, por isso colecionamos derrotas

O Bahia precisa mudar a mentalidade, não adianta contratar um craque(se fosse possível) no meio do campeonato, com o barco naufragando, temos que nos preparar com antecedência, talvez isso nunca tenha acontecido conosco, até mesmo quando fomos campeões. Não me esqueço que perdemos jogadores importantes na reta final do campeonato de 1988 (Sidmar, Pereira), sem contar que faziam parte do time campeão jogadores como Tarantini e Claudir, que só jogaram aqui.

Portanto, nosso tricolor sempre foi montado às pressas e hoje não temos mais a força da base, que nos salvou muitas vezes. Antigamente os meninos queriam jogar no time do coração, hoje não há mais isso. Os jovens não escolhem nada, são levados pelos empresários aos clubes e nem querem saber qual a cor da camisa. A época romântica do futebol já acabou e só o Bahia não percebeu, mas falar sobre isso é chover no molhado, iremos continuar discutindo a próxima contratação, o novo técnico, ou seja, vivemos à base de remédios paliativos e não procuramos evitar a doença.Fábio Luis

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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