Bahia jamais venceu o Juventude no Sul

A folga na tabela da Série B caiu em boa hora. Como a partida contra o Juventude ocorre somente na terça-feira dedicada a São João, dia 24, fora de casa, o técnico Arturzinho teve tempo à vontade para treinar o elenco do Bahia em dois turnos, ontem, e tentar corrigir as falhas da defesa, que levaram ao empate com gosto de derrota diante do Ceará.

E é bom treinar mesmo, porque o Juventude é time que só traz más lembranças ao torcedor tricolor. Primeiro o rebaixamento à então desconhecida segundona, em 1997. Dois anos depois, a eliminação nos pênaltis, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, que consagrou o goleiro Emerson e o levou para o Fazendão na temporada seguinte.

Pior que isso, o Bahia jamais venceu o Juventude em Caxias do Sul, próxima parada. Em sete jogos no frio da serra gaúcha, o tricolor perdeu quatro e empatou três. Freguesia de carteirinha iniciada em 1995, com a derrota por 3×0. E no encontro mais recente, vitória do Juventude por 1×0, pelo Brasileiro de 2003, última vez que o Bahia disputou a Série A.

Nem o mando de campo melhora muito a situação dos comandados de Arturzinho. Na Fonte Nova, dois empates e uma vitória por 3×1 pelo Brasileirão de 2003. Único triunfo em meio a cinco empates e quatro derrotas em dez encontros. A delegação treina amanhã pela manhã e viaja às 13h15. “Tricolor de aço” volta ao pregão

Após acordo que salvou o ônibus do Esporte Clube Bahia de ir à pregão, o “Tricolor de Aço” volta aos “gramados” do Projeto Leiloar do TRT-Ba 5ª região. Desta vez foi penhorada uma máquina de gelo, avaliada em R$ 2.700,00, que está entre os 245 lotes disponibilizados para arremate em mais uma edição da praça unificada, que conta com onze imóveis, doze veículos, além de aparelhos eletrônicos. O Leilão vai acontecer na próxima quarta-feira (25), a partir das 8h30, no auditório do Fórum Juiz Antonio Carlos Araújo de Oliveira, no Comércio. ( Daniel Pinto)

Não se empolgou

O Governo de Sergipe não se empolgou com a série de exigências da diretoria do Bahia para mandar seus jogos no Estádio Lourival Baptista, o Batistão. O clube pretendia conseguir dez dias de estadia em Aracaju e isenção das taxas do estádio para jogar por lá ao menos quatro partidas – Avaí (4/7), ABC (8/7), São Caetano (22/7) e Bragantino (25/7) – antes da entrega do Metropolitano de Pituaçu, previsto para o final de julho.

Politica do “achismo”

Mas não é só isso que separa o Bahia da capital sergipana. O lobby pelo Barradão dentro do clube é grande, mesmo que as perspectivas não sejam muito otimistas. A FBF (Federação Bahiana de Futebol) promete meter a colher na rivalidade e colocar dirigentes rubro-negros e tricolores reunidos frente a frente, esta semana. A história circulou ainda nos bastidores de Brasil 0x0 Argentina, no Mineirão, e até a CBF estaria disposta a ajudar no diálogo.

Ainda existe a possibilidade menos aceita de o Bahia se manter no Jóia da Princesa até a entrega de Pituaçu. O governador Jacques Wagner deu entrevista alentadora à Rádio Sociedade na última quarta-feira. Em linhas gerais, garantiu o estádio pronto até final de julho e deu a entender que o mando de campo será mesmo tricolor. A condição da eleição direta deve cair – assim como a licitação, ao menos, até a Fonte Nova ter destino conhecido. Teve gente tão feliz no Fazendão que a entrevista foi direto para o podcast do novo site do clube (www.esporteclubebahia.com.br). Ordem expressa!

Política do venha nós

Com dificuldade administrativa para gerir o Bahia, a diretoria não fez e segue sem fazer estudos que possam indicar onde seria mais lucrativo para o clube jogar. Caminha no “achismo”. Não articulou parceria com prefeituras, coisa que até o Ipitanga fez com Porto Seguro no final do estadual, desprezou a motivação da cidade de Vitória da Conquista, culpando a distância, e negou usar o Barradão, no final de 2007. Mas em Aracaju, usado em 1970, o clube falou. Paramos no tempo?

Se o problema não é sanado, é por incompetência de quem responde pela gestão do Bahia, pois, na época da tragédia da Fonte Nova, tanto Jorge Sampaio como Alexi Portela Júnior, chocados, baixaram a guarda e ofereceram o Barradão. Os tricolores logo disseram não, enquanto, como no tabuleiro de negócio, deveriam ter aproveitado a porta aberta. O Bahia já foi a Feira de Santana, saiu para Camaçari, retornou a Feira e ainda busca canto. Qual? Algum da política do venha nós. Ah, desta vez, pelo menos agradeçam a Feira caso a saída se confirme. Educação. Bahia joga com novo lateral nesta terça
Se existe uma coisa que tem se tornado constante, ultimamente, na torcida tricolor, são os insistentes pedidos pela substituição do lateral-direito titular Luciano Baiano. Já que o técnico Arturzinho e o seu antecessor Comelli não atendem ao pedido, os torcedores terão a oportunidade de ver se estão certos, ou não, nesta terça-feira, quando o Bahia enfrenta o Juventude, em Caxias do Sul, com um novo dono da camisa 2, pelo menos durante os 90 minutos de jogo.

Resta saber quem será o tal lateral-direito que carregará a esperança da torcida tricolor. O pernambucano Fábio, de 22 anos, e o gaúcho Thiago Maciel, de 24, que ainda não estreou no Bahia, estão envolvidos nesta disputa sadia, como fazem questão de ressaltar naquele velho discurso de boleiro.

“O Arturzinho não definiu nada. É uma briga sadia. Isso que é interessante”, diz Thiago. O companheiro Fábio complementa. “É verdade. É uma briga sadia. O professor vai definir durante os treinamentos

Correio da Bahia/Coluna Dividida/Jornal Atarde/Adaptados

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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