O Esporte Clube Bahia chegou há um momento crucial da sua existência. Esse time do Bahia que ora está jogando é o máximo de sua competência atual, não tem mais leite em pedra nenhuma, todas já foram espremidas e finalmente os mandatários tricolor assumiram não ter grana para gerir mais nada.
Definitivamente jogaram a toalha quanto a novos investimentos, só mesmo um milagre pois nem mesmo a Fonte Nova, se os poderosos quisessem salvar o Bahia, a essa altura poderia ser utilizada sem um mínimo de trinta dias de serviços de recuperação após esse mais recente abandono.
Pituaçú corre frouxo e o governo já nem mesmo assume compromisso com data, ou seja, ninguém é responsável por nada, já que o mau tempo e o poder dos sindicatos superam os interesses gerais, e o Bahia que se lasque, como se diz no popular. Não se espantem os baianos se este empreendimento fique disponível tão somente quando se avizinharem as próximas eleições majoritárias, crescendo mais e mais o valor do investimento, como foi no Engenhão. De 22 mi, já se fala em 30 mi, quanto mais atrazarem mais milhões serão necessários.
Na verdade, com esse desespero todo que se vislumbra na torcida do Bahia, teme-se por uma nova invasão de campo se não numa provável derrota contra o Barueri, claro, na próxima mais iminente, já que no desespero pelo qual passa a torcida tricolor tudo pode acontecer, aí será a morte definitiva, quando sequer a troca de diretoria e a tão falada associação em massa vai resolver, associação essa pouco provável.
Recentemente um novo grupo de companheiros da WEB, criaram uma torcida que espera-se seja diferenciada, se chama Torcida WEB Bahia, o grupo já conta com trinta nomes, mas só pra contrariar, nesta primeira pancada para o Santo André em São Paulo, já se sente uma recuada substancial. A previsão era todos irem a Feira de Santana em todos os jogos e se organizarem em cadeiras com fins de proporcionarem ao Bahia uma arrecadação maior, mas já nesse primeiro revés, muito provavelmente vai essa iniciativa morrer no nascedouro, infelizmente.
Todos dizem querem se associar ao tricolor, é um surto assim de repente, pois lembro de campanhas homéricas, como a que houve pós título de 88, e não vingou também. Dizem dessa vez, facilmente associariam quarenta mil torcedores, ledo engano, nas atuais circunstâncias, nem mesmo para destituir a atual diretoria passaria essa campanha ao número conseguido pelo programa onda tricolor disparada mais recentemente pelo marketing do Bahia.
Não há profecias, apenas o sentimento pela convivência nesse ambiente,o Bahia só tem mesmo uma saída, é vencendo seus jogos, vivendo do jogo seguinte, até que um período maior de estabilidade permita viabilizar todos esses projetos vindouros.
Quem pensa que o desmanche total e definitivo vai solucionar as coisa mais pra frente, só está sendo imediatista também, pois pleiteiam o desconhecido já que o caos nunca foi parâmetro pra nada e num Clube como o Bahia, não há espaços para projetos de longo prazo sem que um mínimo de imediato seja oferecido – vencer de vez em quando, pelo menos.
Acredito que ao assumir as limitações por conta da falta de estádio onde mandar satisfatoriamente seus jogos, essa Diretoria, pode a partir daí, angariar um apoio maior, já que conhecida a limitação de recursos não há como se cobrar o que não se pode dar.
Gritar fora corja, ameaçar jogadores, fazer passeatas, juntar-se em aeroportos e invadir campo de jogo, de nada efetivamente vai adiatar já que sabidamente não temos um nome ou grupo apto e predisposto a assumir essa bancarrota de pronto, principalmente sabendo que não lhes permitirão discursos de retrovisor se os resultados não aparecerem de imediato.
De qualquer forma, se queremos mesmo recuperar o Bahia, precisa de imediato que pessoas se apresentem, se exponham na mídia, não fiquem esperando a queda do time, para depois surgirem como salvadores da patria, que se apresentem agora os interessados para a partir daí criar-se as condições de destituição dos fracassados atuais. Certamente que para os novos cartolas nem precisem apresentar projetos imediatos, pois isso, sabe-se que ninguém tem.
Rui Carvalho
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