Lei Seca gera prejuízo e desemprego no Barradão

O duelo contra o Figueirense marcou também a estréia da “lei seca” no Barradão. A resolução da CBF, que proíbe o consumo e a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, atingiu em cheio os concessionários de bares que trabalham dentro do alçapão rubro-negro. Somados os seis bares, o prejuízo é de aproximadamente R$40 mil por jogo e gera desemprego. Vanderlei Teixeira, o Vandinho, é concessionário do bar 4 e trabalha lá desde a reinauguração do estádio, em 1991. Responsável por comprar as cervejas dos seis bares, ele conta que cada comerciante vendia em média 250 a 300 dúzias de cerveja por jogo. Na ponta do lápis, ao preço de R$2 cada latinha, cada um deixou de vender entre R$6 mil e R$7,2 mil (valor bruto) por partida. O duelo Vitória 0x2 Cruzeiro, no dia 10, serve como parâmetro. “Vendi quase R$9 mil”, garante Juca, dono do bar 6. Ontem, pouco mais de R$1 mil. Sem a movimentação que correspondia a 80% da renda bruta, a solução imediata foi reduzir o quadro de pessoal. “Hoje (ontem) eu só vim com quatro funcionários. O normal num jogo desse seria de 15 a 18”, afirma Jorge Roberto, dono do bar 1, situado próximo à concentração. No Bar de Juca, movimento fraco a 30 minutos do início do jogo, apesar da venda de cerveja sem álcool. Paradoxalmente, a resolução não proíbe o consumo de bebida no entorno dos estádios, onde o torcedor acha o mesmo produto por R$1,25. Quem ganhou com isso foram os ambulantes. Se o torcedor baiano já não tem o hábito de chegar cedo ao estádio, ontem boa parte dos rubro-negros deixou para adentrar o Barradão a menos de 15 minutos do jogo começar. Do lado de fora, muita movimentação. om informaçoes do Correio da Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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