De olho no julgamento

Depois de uma impecável fase classificatória no campeonato baiano, com um time muito bem estabilizado, mesmo sem um brilhante futebol, vinha o Bahia impondo seu ritmo de jogo aos adversários, tendo inclusive imposto três derrotas ao seu principal rival de canabrava, vencendo também os conquistenses, hoje líder da competição e com a taça na mão, agora o tricolor começa a claudicar, cedendo as pressões externas, por conta de seu ineficiente ataque.

Ora, se esse ataque nunca funcionou e ainda assim o Time até a bem pouco tempo era o líder absoluto em tudo, pecando apenas no item gols marcados, qual motivo de se faltando apenas dois jogos, desmanchar-se todo um esquema montado, funcionando e liderando? Não entendemos essa de Paulo Comelli, precisa explicar melhor, prá ver se tem realmente tem condições de segurar o leme desse barco.

Quase sempre nunca contratamos técnico de futebol daqui da boa terra, não é nossa cultura, até parece que nascemos pra ser mandado, não podemos comandar. A última tentativa neste sentido foi feita pelo Vitória em 2007, trouxe Ferreira do Colo-Colo e deu no que deu, tudo por apesar de ser um bom Técnico de Futebol, não sabem nossos remanescente conviver com as pressões.

Melhor dizendo: Técnico não tem que ficar ouvindo resenhas de futebol, pois é por aí que se montam as armadilhas e foi assim que Ferreira para atender aos clamores de alguns, cedeu e se perdeu no rubro negro, como cederia e se perderia também no Bahia, mas não se perde no Conquista, Itabuna, Colo – Colo e etc. Isso vale para Elias Borges, para Beijoca valeu para Bobô, Amadeu e tantos outros por aí, infelizmente.

Agora, o que ninguém realmente esperava, foi Paulo Comelli, um técnico que nos conquistou com sua coerência e serenidade à frente do Bahia, chegar a uma reta final e perder-se dessa forma, principalmente não saber ajuntar os cacos após a derrota para o rubro negro, um jogo sabidamente pernicioso, motivo que por si só deveria ser o ponto de convergência e incentivo a seus comandados.

Paulo Comelli abaixou a cabeça da forma que foi justamente ele, o comandante, que provocou o marasmo e o descrédito de todo o elenco, jogando uma oportunidade de ouro fora, já que em vista do resultado do outro jogo – Vi – Vi, ter sido favorável, até o empate em Itabuna seria excelente resultado para o Bahia e não conseguiu.

Num momento de desespero como é o imediato depois desse insucesso em Itabuna, um estado de comoção da torcida normalmente se abate e os quatro meses mais bem vividos dentro desta relação, Torcedor x ECBahia, desde 2002, começa a declinar podendo daí advir consequências inverosímeis por conta da incompetência de administrarem situações difíceis no fazendão.

Domingo que vem, quando enfrentaremos os conquistense é a oportunidade de dar a volta por cima, porém, também pode ser o momento de fecharmos definitivamente o nosso próprio caixão, mesmo ganhando o jogo, basta que o co-irmão também ganhe seu oponente, Itabuna, lá no Barradão, sendo o Vitória campeão pela mão do Bahia.

Essa é uma situação a ser pensada desde já, pois imaginem uma invasão de campo e quebra-quebra no estádio de Camaçari, quais consequências podem ter, inclusive influenciando o julgamento do próximo dia 8 de maio no STJD no Rio de Janeiro. Como iremos pleitear a absolvição da invasão da FN naquela tarde noite fatídica. Uma nova invasão de campo agora, seria o nosso fim e perderíamos de véspera o pleito no tribunal.

O que pleiteamos é que a PM, a Diretoria do Bahia e a Federação façam um trabalho preventivo a altura desse inusitado, imaginando todas essas consequências, afinal tudo de ruim tem acontecido com o Bahia e necessita de ação preventiva forte para o caso.

Rui Carvalho

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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