Vitória: Tudo para vencer o clássico

Como já havia avisado, o técnico Vágner Mancini resolveu fechar os portões do Barradão para curiosidade. Nem torcedor, tampouco imprensa tiveram acesso ao primeiro coletivo que o comandante fez com objetivo de ajeitar o elenco para o clássico do próximo domingo 20, diante do Bahia.

O que a comissão técnica não esperava era o monte de entulho da Canabrava. A verdadeira montanha que se acumula ao lado do Manoel Barradas já pode ser um camarote para quem não pretende entrar no estádio. Mesmo de longe, foi possível observar uma modificação na zaga do Leão. Apesar de afirmar não gostar de atuar com três zagueiros, Vágner Mancini colocou Anderson Martins, Batatais e Leonardo na turma titular, fazendo a tradicional formação defensiva.

Algumas jogadas ensaiadas também foram treinadas de forma intensa. No ataque, alguns jogadores como Jackson e Diego foram poupados. Por isso, apenas nesta sexta-feira, 18, os setores mais ofensivos serão definidos. Caso vingue a escalação com a presença de três zagueiros, Ramon Menezes poderá atuar na frente com Diego Silva. Vanderson também não treinou, devido a uma gripe.

Após uma hora de coletivo, os portões do Barradão foram abertos, deixando passagem livre para imprensa e torcida. “Isso é natural na véspera de um clássico. Vai dizer que não é bom este mistério? Na verdade não é para proibir a entrada de vocês. Se eu confiasse que todos desligariam a máquina quando eu pedisse para não filmar, estariam todos aqui. Mas, infelizmente, isso não acontece. Mas é só usar a imaginação, como eu vi gente tentando assistir o treino de lá do morro”, disse Mancini, se referindo a equipe ATEC, que registrava o treino secreto no alto do entulho da Canabrava.

REGULARIZADO – Por enquanto, Fernando continua na lateral esquerda até segunda ordem. Entretanto, Mancini já pode contar com os serviços do ala Alessandro. O jogador havia sido proibido de atuar pelo Campeonato Baiano, pelo fato de ter sido emprestado no meio da competição e retornado quando o prazo de inscrição já tinha acabado.

Porém, o assessor jurídico da CBF, o advogado Valed Perry, enviou um documento dando condições de jogo para o atleta. A entidade alegou que Alessandro já havia sido inscrito no Baiano e o regulamento prevê o prazo de inscrição apenas para novos jogadores. O lateral-esquerdo já pode ser aproveitado no Ba-Vi.

Artilheiro do Vitória lamenta ausência no clássico

O atacante Rodrigão é o principal desfalque do Vitória para o clássico contra o Bahia, que acontece no próximo domingo, no Barradão, pela terceira rodada do quadrangular final do Campeonato Baiano. O jogador foi expulso em um lance polêmico no final da partida em que sua equipe empatou por 5 a 5 com o Vitória da Conquista, no último final de semana, e terá que cumprir suspensão automática.

“Fiquei muito chateado por ficar suspenso, pois além de ser o primeiro Ba-Vi desde eu cheguei ao Vitória, o jogo é de extrema importância para as nossas pretensões de conquistar o título estadual. Mesmo assim, vou domingo ao Barradão para dar um apoio aos meus companheiros nessa partida”, disse o jogador contratado há pouco mais de um mês pelo time baiano.

Expulsão injusta

Artilheiro rubro-negro na temporada com seis gols em apenas seis jogos disputados, Rodrigão ainda não entendeu porque foi expulso pelo árbitro Lúcio José Dias Araújo.

“Foi uma dividida um pouco mais dura com o Narcísio (meia do Vitória da Conquista). Eu não tinha nem cartão amarelo e o juiz já me deu o vermelho direto. Ele foi muito rigoroso”, reclamou o camisa 9 do Vitória.

Bida confia em recuperar titularidade no clássico

Para seis treinadores do Vitória foi imprescindível. Bida surgiu como rara peça rubro-negra. Contratado como artilheiro, destacou-se como armador, recuado por Mauro Fernandes durante a Série C de 2006. Não foi ao Grêmio, em janeiro de 2008, pois o Vitória cobrou caro. Ironia, Bida virou reserva justo com Vágner Mancini, que era o treinador do Grêmio. O camisa sete virou reserva com seu sétimo treinador no clube.

“Não sei se estava mal. É mais fácil para vocês (imprensa e torcida) julgarem, pois vêem de fora o jogo”, opina, sempre tímido. Sua voz permaneceu em baixo tom durante a conversa, ora com respostas mais incisivas, mas o sorriso era diferente do amarelado dos últimos dias.

Bida foi sacado na estréia do quadrangular contra o Itabuna, depois de quase duas temporadas absoluto. Seu rendimento vinha na aspiral descendente desde o início do Baiano. A resposta, talvez, compartilha o atleta, esteja no posicionamento em campo.

Como terceiro homem de meio, ao lado de Jackson, foi um dos melhores da Série B, escalado na respectiva seleção do campeonato, como Apodi. Contudo, desde a saída de Chicão, como nenhum dos quatro volantes contratados pelo clube assumiu a vaga, sobrou para ele, outra vez recuado, agora para marcar junto a Vanderson. “Fico mais à vontade como terceiro homem. Com mais liberdade, chego ao ataque, finalizo”, admite.

A primeira metade do treino de ontem, no Barradão, foi a portas fechadas. Vágner Mancini ensaiou jogadas e testou variações para o clássico Ba-Vi. Quatro mudanças em relação ao time que empatou por 5×5 com o Vitória da Conquista. Renan e Ricardinho nos lugares de Vanderson e Jackson, em tratamento médico. Leonardo iniciou na frente disputa com Marcelo Batatais. E Bida na vaga de Rodrigão, com Ramon adiantado.

Ao permitir o acesso, o treinador optou por testar o sistema 3-6-1, embora, anteontem, tenha declarado não gostar de usar três zagueiros. Assim, Batatais substituiu Ricardinho e Marcos, Diego Silva.A Tarde/AFI/Correio da Bahia/Adaptados

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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