O goleiro Ney disputará seu primeiro Ba-Vi. Parece até estranho para quem está no Vitória desde março do ano passado. Como estreante no maior clássico do Norte e Nordeste, terá a oportunidade de apagar a imagem de vilão, ao tomar o quinto gol do zagueiro Artur, do Vitória da Conquista, em chute da intermediária. Muitos torcedores consideraram frango. Nos dois clássicos deste ano, vencidos pelo Bahia, o goleiro adversário Darci se destacou. É a chance, portanto, de Ney fazer a diferença.
Nos dois Ba-Vis do ano passado, Emerson era o titular; Ney, suplente. Do banco de reservas, viu o jogo memorável em que o Vitoria derrotou o Bahia, na Fonte Nova, por 6×5, quando Índio marcou quatro gols. No seguinte, no Barradão, empate por 2×2, novamente ficou com a camisa 12. Nos dois clássicos recentes, ele não foi nem relacionado. Contusão na região do malar contra o Camaçari o deixou fora dos gramados por um mês, período em que França assumiu a vaga.
Contratado ao Matsubara, do Paraná, num momento em que Emerson, Vítor e Rafael Córdova estavam em baixa, Ney “esquentou” o banco até a final do Baiano, quando o Leão terminou com o título. Mas, a partir da Série B, virou titular. Destacou-se como o melhor em campo em vários jogos e ganhou prêmios por ter evitado até goleadas do Vitória. Durante a competição, teve o reconhecimento do clube e o seu contrato, que iria até dezembro de 2007, foi prorrogado por dois anos.
A performance de Ney este ano, no entanto, não é a mesma. Falhou em lances fáceis a ponto de torcedores questionarem se o goleiro poderá vestir a camisa 1 no Brasileiro. A diretoria procura desde o início da temporada uma “sombra”. “Entra e sai de goleiro como qualquer posição é normal. Ser criticado também faz parte. Não me incomoda”, disse. Quanto ao gol de empate do Vitória da Conquista, Ney se defende. “Não achei que falhei. A bola oficial do campeonato é leve, rápida e o chute foi muito forte. Ela quicou no gramado e, quando fui, era tarde, infelizmente”. O treinador de goleiros, Eduardo Andrade, acusou o “montinho artilheiro”, em referência à falha no campo.
► Mudanças – Vágner Mancini começa a definir o rubro-negro para o clássico, à tarde, no coletivo. Além de Jackson, o treinador pode ficar sem Ramon Menezes e Diego Silva, com problemas médicos.
Ramon Menezes fez sessão de acupuntura com o fisioterapeuta Otávio Lopes Lima, o mesmo que no ano passado atendeu ao meia Guilherme. A equipe, que precisa vencer o clássico, sofrerá mais alterações. Em conseqüência da vulnerabilidade da defesa, é provável que sejam usados três zagueiros e Leonardo está cotado.
► Reforço – O presidente Jorge Sampaio confirmou o interesse no atacante Dinei, do Atlético-PR, emprestado ao Guaratinguetá. Neto Baiano, do Paulista, também interessa para o Brasileiro.► Vitória empresta lateral para o ABC-RN
O lateral direito Alex Santos, do Vitória, foi emprestado para o ABC-RN nesta terça-feira (15/04). O jogador deve viajar nos próximos dias para começar a preparação com o grupo para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B. Alex foi campeão baiano pelo Colo Colo em 2006, mas ultimamente estava sendo bastante criticado pela torcida rubro negra.
► Árbitro do BA x VI será baiano, afirma dirigente
“O árbitro do BAxVI será daqui”. Com essa frase o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, colocou um ponto final nas especulações de que a entidade poderia importar o árbitro para apitar o maior clássico do Norte/Nordeste do país, domingo, no Barradão. O dirigente confirmou que o sorteio será realizado na próxima quinta-feira a tarde na sede da FBF.
Rodrigão não entendeu expulsão
Não é só a torcida que está revoltada com a expulsão de Rodrigão. O próprio atacante se diz chateado com a interpretação equivocada do árbitro Lúcio José. “Foi um lance que fui ajudar Marco Aurélio na marcação. Eu que recebi o chute e acabei caindo no chão, sentindo dores no tornozelo. Eu levantei crente que a expulsão seria para o adversário, quando me surpreendi com o cartão vermelho para mim”, lembrou o atacante.
Sobre a declaração do juiz, afirmando na súmula que o jogador atingiu Narcisio com o cotovelo, Rodrigão se apegou às imagens televisivas. “É difícil até falar, pois o ser-humano tem mania de achar que tem sempre razão. Prefiro então deixar que a imagem diga tudo. Basta ver o VT do jogo para saber que não houve nada daquilo que o árbitro alegou na súmula”.
Desde que entrou no Vitória, será a primeira vez que o artilheiro não joga. A sua estréia aconteceu três dias depois de sua apresentação na Toca, inclusive marcando um gol. Dos seis jogos em que atuou, Rodrigão não converteu em apenas um. Porém, contra o Vitória da Conquista, ainda pela fase de classificação, marcou dois suficientes para deixá-lo com a média de um gol por partida vestindo a camisa rubro-negra.
Assim como seu rival Bahia, o Vitória terá um veículo – uma van – leiloado no próximo dia 23, caso não pague algumas dívidas trabalhistas, como a rescisão do contrato com o saudoso meia Cléber, aguardado pela sua viúva. O ônibus também corre o mesmo risco.
No Barradão, o presidente Jorge Sampaio não sabe nada sobre o leilão. “Não tenho conhecimento de nenhum leilão. Se isso realmente é verídico, nossos departamentos jurídico e financeiro devem saber”. Os responsáveis não foram encontrados.A Tarde/Correio da Bahia/Bahia Noticias/Adaptados
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