FBF reage à pressão dos clubes

As seis expulsões – incluindo os treinadores de Bahia, Itabuna e Vitória da Conquista – nos jogos pelo quadrangular final do Baianão desencadearam queixas contra a arbitragem. A mais acintosa do Vitória, que ontem entrou com representação junto à FBF contra o árbitro Lúcio José da Silva Araújo, questionando a expulsão de Rodrigão, suspenso do Ba-Vi, “apenas a título de compensação… merecendo, por isso, o nosso repúdio”, diz nota assinada pelo presidente da S/A, Jorge Sampaio.

“Respeitamos todas as opiniões, mas discordamos. Existe a cultura no futebol brasileiro de haver queixas”, argumentou o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues. “Quem sente os problemas no campo, ouve provocações, é o árbitro. Não trabalhamos com politicagem ou pressão de clube”.

O dirigente descartou contratar profissionais de outros estados para apitar o clássico Ba-Vi, domingo, no Barradão. Há duas temporadas, recordou, a FBF busca valorizar o quadro baiano. “Seria cômodo ter alguém que apitasse e fosse embora logo depois. Não é a nossa postura”. E listou a polêmica do Paulista, por exemplo, com o gol de mão marcado por Adriano, anteontem. “Querem Paulo César Oliveira?”, indagou.

O sorteio que definirá a arbitragem de domingo deve acontecer quarta-feira à tarde ou quinta, pela manhã, depois de a Comissão de Árbitros de Futebol, sessão Bahia, selecionar os candidatos. Experiência e atuações na atual temporada têm peso maior.

Após 136 partidas do Baiano, Lúcio José é o central que mais apitou, 14 vezes, seguido por Jailson Macedo Freitas, 12. Único não baiano da lista, o paulista Rodrigo Martins Cintra, cinco partidas, foi convidado antes do início do estadual. Os dois últimos despontam como favoritos ao Ba-Vi. Nos clássicos de 2008, arbitragens de Manuel Nunes Lopo Garrido e Arilson Bispo da Anunciação.

Marcelo Sant’Ana e Eduardo Rocha

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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