Bahia e Vitória: Farinha do mesmo saco

Quem se iludiu que o Vitória incluiria eleições diretas para a sua diretoria administrativa acordou hoje suando frio com os olhos arregalados de medo.

O Bahia já tinha posto fim ao sonho da sua torcida em ver o seu presidente eleito por via direta.

Concluímos que certamente os mandatários dos clubes da capital do futebol baiano temem perder o poder ou pensam que o seu sócio não sabe votar. Certamente os dirigentes dos clubes da boa terra são de extrema competência e que se forem substituídos certamente determinaria o fim dos clubes. Ou seriam feudos?

Os tempos mudaram e esse tipo de dirigente já não cabe mais no nosso futebol. O que nos leva a crer é que caso algum grupo de oposição ou com idéias diferentes venha a assumir os clubes dessa terrinha de ninguém descobriria coisas capazes de por em risco a liberdade dos senhores feudais.

Feudos como os que existem aqui na Bahia só limitam a capacidade de se tornarem clubes sérios e transparentes. Quando o medo da mudança supera a capacidade de transformação só podemos imaginar que algo de podre há ou algo de podre não se pode descobrir. O mundo atual onde a captação de recursos depende diretamente de transparência, democracia e competência nos remetem a prever um futuro tenebroso aos clubes da capital.

O sertão vai virar mar caso os clubes da capital continuem a pensar que terão a benevolência do acaso e que a todo campeonato a grande mídia nacional venha considerar aos que estão acima do umbigo nacional. Certamente tão logo ocorrera a mudança das forças onde clubes como Colo-Colo, Atlético, Vitória da Conquista, Itabuna, entre outros, que aceitaram a democracia e principalmente com a ajuda do programa “sua nota é um show” estarão logo equacionados e com um apoio empresarial suficiente para que a competência aflore em resultados positivos e títulos regionais bem como boas participações nos campeonatos nacionais.

Não a mal que sempre perdure nem bem que nunca se acabe. Então pode ser o fim dos que pensam ser grandes e o começo de um campeonato realmente descentralizado e quem sabe em um futuro próximo com uma maior organização surja uma liga do interior para que acabe com o pátrio poder dos que acham que trazem a luz, mas na verdade sopram as nuvens escuras.por Edmilson Gouvêa

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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