Tricolores e rubro-negros pregam a paz entre as torcidas

Não chega a ser bem uma trilogia, mas o 412º Ba-Vi de todos os tempos ficará marcado, no futuro, como o de número três disputado pela dupla no interior.

Ainda está fresco na memória que o clássico com mando de campo do Bahia, pelo octogonal decisivo da Série C, em novembro de 2006, foi realizado no mesmo Jóia da Princesa desta tarde. Assim como agora, a Fonte Nova estava interditada – a diferença era o motivo: invasão da torcida no jogo contra o Ipatinga, contra as sete recentes mortes graças ao desabamento de parte da arquibancada, no anel superior.

O que pouca gente sabe é que a cidade de Ilhéus também já sediou o maior dérbi do futebol do Norte/Nordeste brasileiro. Foi no ano de 1940, assegura o ex-historiador tricolor Normando Reis, quando os rivais inauguraram as torres de iluminação do Mário Pessoa, o mais antigo estádio público do País.

As outras mais de quatro centenas de partidas ocorreram no extinto Campo da Graça, no Octávio Mangabeira, no Barradão e no Metropolitano de Pituaçu, todos eles em Salvador. Segundo maior município do Estado, Feira de Santana, a 108 quilômetros da capital, promete uma bela festa, sem violência e repleta de emoções para os torcedores.

Sem promessa – No que depender do panorama, a expectativa tem tudo para se confirmar. Se no Ba-Vi de duas semanas atrás se pleiteava acirradamente a liderança do campeonato, desta vez, em que pese a diferença de cinco pontos na tabela, o líder Esquadrão vem de um empate insosso com o Fluminense, enquanto o terceiro lugar Leão acaba de enfiar 6 a 0 no Itabuna . Com direito a gol de Índio, carrasco azul, vermelho e branco no ano passado, reencontrando a boa fase, e dando nova esperança ao ainda insatisfeito torcedor.

Mas não promete flechadas: “Nosso principal objetivo é ganhar o jogo e não importa quem faça o gol. Será um jogo difícil. Os dois times estão motivados e quem vai ganhar com isso é o torcedor. Que seja o do Vitória”.

Além de ter vencido o único clássico da história no Jóia, o rubro-negro aposta na invencibilidade de quatro anos diante do tricolor, no papel de visitante, e na sede de revanche dos 2 a 0 do último dia 10, em plena Toca.

Vinte e dois atletas estão concentrados desde sexta. Como sempre, o técnico Vadão faz mistério. Personagem da goleada de quarta, saindo do banco, o atacante Michel pode pintar entre os onze. Gustavo retorna na lateral-esquerda e Marcos se recuperou de lesão. Os volantes Vanderson e Ramirez devem ser mantidos, com Danilo Rios, Bida e Jackson se revezando no ataque.

Escalação só no vestiário também no Fazendão, onde o treino deste sábado terminou cancelado. Paulo Comelli preferiu esconder o jogo e colocar o elenco para assistir a um DVD do adversário.

Reforços de peso, o beque Alison e o cabeça-de-área Fausto voltam de suspensão. Em tratamento médico, o curinga Rogério e os atacantes Pantico e Reinaldo Aleluia são interrogações.

A transmissão ao vivo da TV Itapoan, bastante especulada, depende da liberação do clube, que prefere aguardar o ritmo da venda dos 16 mil ingressos

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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