Bahia quer conseguir outro triunfo no Ba-Vi

O clássico é um campeonato à parte. Tem quem garanta: entre superar o principal rival e conquistar o título, fica com o primeiro sem hesitar. Afinal, de que vale outro troféu na estante se é o adversário quem se vangloria nos momentos decisivos? Logo mais, às 17h, o Bahia terá a oportunidade de atender à exigência de sua torcida e comemorar a segunda vitória em dois Ba-Vis este ano.

No Jóia da Princesa, em Feira de Santana, tenta repetir o feito que conseguiu pela última vez em 2000 – ano em que realmente não conquistou o estadual: duas vitórias em clássicos no mesmo Campeonato Baiano. Nos últimos sete anos, só em 2003, com um triunfo para cada lado (2×1 na Fonte Nova e 2×3 no Barradão), o clube não terminou em desvantagem no confronto direto. “O Ba-Vi é sempre decisivo, o torcedor cobra as vitórias”, avalia o técnico Paulo Comelli. Curiosamente, o único caneco do Baianão na década foi conquistado apesar das derrotas. Em 2001, 0x1 na Fonte Nova e 0x3 no Barradão. O Bahia contou com a eliminação rubro-negra nas semifinais, diante do Juazeiro.
Independentemente dos números, o treinador prevê um clássico equilibrado. “Somos os líderes e eles vêm de uma goleada por 6×0. O Vitória mudou em relação ao último jogo, tem jogadores que ainda não estavam em forma”. Por isso mesmo a comissão técnica abdicou do treino tático de ontem pela manhã para assistir e analisar os pontos fortes e fracos do rival.

O time estaria quase pronto, não fossem os problemas clínicos. Pantico e Reinaldo Aleluia sequer treinaram quinta e sexta-feira, para tratar de uma pancada no joelho e um incômodo muscular. Rogério fez alongamentos e recebeu injeções de antiinflamatório, mas também depende do parecer dos médicos. O principal adversário são as dores no adutor da coxa, que se arrastam desde o último Ba-Vi. Os três serão aguardados até minutos antes da partida. Aleluia larga na dianteira, mas Pantico está na briga por uma vaga ao lado de Didi no ataque. Anderson Costa, Charles e Jorginho correm por fora, caso ambos não se recuperem a tempo da partida. Rogério é figurinha carimbada na defesa tricolor, mas Marcone fica de sobreaviso.

A dúvida técnica se restringe apenas ao meio-campo. Rivaldo tem conquistado a confiança do treinador e tenta se garantir ao lado de Fausto e Elias. Emerson Cris jogou o primeiro Ba-Vi da temporada, é volante de origem e surge como opção para uma formação de maior pegada.Correio da Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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