Prejuízo ao redor da Fonte Nova

O início dos jogos do Bahia, a partir da próxima quinta-feira, no estádio de Camaçari, a cerca de 40 quilômetros de Salvador, assinala também um progressivo esvaziamento do movimento no entorno do estádio da Fonte Nova, por onde circulavam dezenas de milhares de pessoas nos dias dos jogos mais movimentados. Comemorada por alguns e lamentada por muitos, a desativação da tradicional praça esportiva de Salvador vem sendo motivo de queixas, principalmente por parte daqueles que auferiam algum benefício econômico com a movimentação.

“Estamos tendo uma perda de receita de cerca de 30% ao mês. Nos dias de jogos, vendíamos cerca de R$ 1 mil só de cerveja e tira-gosto. Só não demitimos ninguém porque aqui trabalhamos num esquema familiar. Mas a nossa renda diminuiu bastante, daí por que estamos torcendo para uma recuperação rápida do estádio”, lamenta o comerciante Jailton Souza, 37 anos, proprietário do Bar e Restaurante Tempero Caseiro, localizado em Nazaré.

Para vendedores ambulantes, como Raimunda Silva, que há cinco anos comercializa água, cerveja, refrigerante, doces e outros produtos na parte baixa da Fonte Nova, a situação é ainda pior: “Estamos fazendo milagres para sobreviver. Tenho um ponto fixo aqui na entrada do estádio e a situação complicou, porque, além do campo, eles fecharam o colégio estadual e as escolinhas de dança, caratê e outras que funcionavam dentro da Fonte Nova. Com isso, minha clientela sumiu”, queixa-se.

Fechado desde o acidente que provocou a morte de sete pessoas, em 25 de novembro último, e sem uma definição concreta quanto ao seu futuro – será demolido ou reformado? –, o estádio, mais do que uma simples praça esportiva, era e é uma referência cultural e simbólica para a Bahia e Salvador, com grande importância na vida da cidade. Daí a sua desativação ter uma repercussão muito maior do que a simples interrupção das partidas futebolísticas.

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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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