Se julgando dono da Fonte Nova, a “elite pensante” do Bahia cartava descaradamente sobre o Vitória, a torcida fazia pilha, “a Fonte é do Baêa”, “meu estádio é melhor, pra quê que eu preciso construir um?”. Tiririca se recusou a pisar lá em 99 e tomou WO, imbróglio que foi salomonicamente resolvido pela FBF no famoso título “metá-metá”, “fifty-to-fifty”.
E agora, no momento em que a necessidade de uma casa própria se mostra tão clara, os dirigentes tricolores, os mandriões sanguessugas de sempre não falam sequer na possibilidade de um construir um estádio e apenas se limitam a parasitar os existentes, a tirar as lasquinhas dos que forem possíveis. Todos nós sabíamos que Camaçari era barca furada, menos eles; Pituaçú, só no final do ano. Se eu fosse Jorginho, dava uma banana pro Bahia e jogava logo a pá de cal em cima do zumbi, o deixava penando aí pelo limbo em busca de campinho de várzea pra mandar seus jogos. E nessa de sem-teto, o Bahia vai escrevendo mais um triste capítulo de sua história.