O meia Preto deixou o Bahia há três meses. No entanto, coube a ele representar o elenco tricolor no velório do meia Cléber, 31, nesta sexta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.
Nenhum outro atleta, seja do Bahia ou do Vitória – clube que Cleber defendeu no primeiro semestre -, esteve presente na despedida ao atleta, cujo corpo embarcou às 18h para a cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde será enterrado neste sábado.
“Esse velório em Salvador não estava programado. O corpo de Cléber deveria ter embarcado junto com toda a família dele no vôo das 8h”, justificou o vice-presidente médico do clube, Marcos Lopes. Por conta da alteração, o enterro na cidade natal do jogador foi transferido para a manhã deste sábado.
O horário do embarque foi mudado a pedido da família, depois que a companhia aérea informou que o vôo da manhã faria uma conexão em são Paulo com chegada no aeroporto de Guarulhos e partida para Porto Alegre no aeroporto de Congonhas. A companhia aérea providenciaria o transporte dos passageiros de um aeroporto a outro em ônibus, mas o transporte do caixão entre os dois aeroportos teria de ser feito por uma funerária.
Segundo Marcos Lopes, somente à 1h da madrugada desta sexta-feira a diretoria do Bahia conseguiu transferir o horário de embarque do corpo de Cléber para o vôo das 18h. Os oito integrantes da família Frolich – a mulher, Marguit, as filhas Luiza e Vitória, os pais Paulo e Terezinha, a cunhada e duas tias – foram distribuídos entre dois vôos, às 16h e às 18h.
O horário oficial do óbito de Cléber foi às 13h50 desta quinta-feira, 20. Foi quando o segundo exame de eletroencefalograma realizado pela equipe médica do Hospital Espanhol confirmou que o jogador apresentava atividade cerebral zero.
O jogador continuou ligado aos parelhos que mantinham suas funções vitais para que fossem realizadas as doações de órgãos, autorizadas pela família. Forma retiradas duas córneas, rins, fígado e coração, que foi transplantado em um paciente cardíaco de Coritiba.