Inspeções para plano de implosão da Fonte Nova

Desde quarta-feira, o consultor do consórcio Arcomenge/CDI, Manoel Jorge Dias, realiza inspeções “informais” na área externa do estádio para definir um plano de implosão.

O consórcio realizou grandes demolições, como a do complexo penitenciário do Carandiru (2002/2005), de um hotel inacabado na Praia de Stella Maris, em Salvador (1998), e mais recentemente, em agosto, do prédio da TAM atingido após a queda do avião que fazia o vôo 3054.

Segundo o engenheiro de minas, trata-se de uma antecipação a uma provável solicitação dos serviços da empresa. “Nós fazemos as maiores demolições no Brasil e há grande chance de sermos contratados”, justifica Manoel, que aguarda a licitação para a escolha da empresa que deverá arcar com os custos da obra.

Para o especialista, a implosão de uma única vez é perfeitamente viável, mas cabe à Defesa Civil se cercar dos pareceres devidos para garantir a segurança da operação.

Com a interdição da Fonte Nova, 28 comerciantes que alugavam espaços, onde funcionavam bares e lanchonetes no estádio, têm até a próxima quarta-feira para retirar seus pertences do local. Na saída da reunião com a diretoria da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), quando foi anunciado o prazo, parte dos cantineiros saiu reclamando do tratamento dispensado. Eles consideram que deveriam receber indenização do estado pelo rompimento do contrato.

“Eu lamento pela situação deles, mas não há sentido em continuar com cantinas aqui se o estádio está interditado e o decreto do governador determina o fim do contrato”, afirma o superintendente Raimundo Nonato, o ex-jogador Bobô. Ele acrescentou ainda que todos os cantineiros alugavam os espaços após passarem por uma licitação, cujo contrato prevê a interrupção em situações como a da interdição.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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