De local de tragédia a ponto turístico de grande freqüência. Assim tem sido a rotina na Fonte Nova depois do desabamento que vitimou oito pessoas e deixou dezenas de feridos, no último dia 25. Ontem, domingo (25) de céu cinzento, muitos curiosos aproveitaram para ver o lugar exato de onde caíram para a morte os torcedores do Bahia que estavam no anel superior do estádio.
Manchas de sangue, pernas de óculos quebrados na queda e até o chinelo usado por uma das vítimas. Ainda estão lá estas e outras marcas do segundo maior acidente da história do futebol brasileiro, ultrapassado apenas pela tragédia do estádio Albertão, em Teresina, no Piauí, quando oito pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas, durante uma partida entre Tiradentes e Fluminense, em 28 de agosto de 1973.
O lugar virou uma espécie de memorial do desastre. Diversos torcedores, parentes e amigos das vítimas colocaram velas, ramos de flores, fitinhas do Senhor do Bonfim, cartazes com o nome dos mortos e faixas pretas em sinal de luto. Porém o que mais atrai os olhares curiosos não são as homenagens, e sim o buraco formado na arquibancada, responsável por inúmeras teorias sobre o acidente.Ibahia