Fonte Nova não tinha condições de uso

Só Bobô “ganhou” dele. O segundo maior depoimento sobre o inquérito que investiga a tragédia da Fonte Nova durou quase quatro horas e se mostrou bastante importante.

Embora o diretor de operações da Sudesb, Nilo dos Santos Júnior, tenha se recusado a falar com a imprensa ao deixar o Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), a delegada Marilda Marcela da Luz abriu o jogo: “Ele assumiu que não era o momento de reabrir os portões do estádio. Ele achava que deveria ser feito uma reforma total”.

Por que, então, não foi tomada nenhuma atitude? Nilo alegou não possuir qualquer autonomia para tal, acrescentou Marilda. “Quem tinha seria o superintendente do órgão (Bobô), que determinou algumas reformas emergenciais”, completou a delegada. Taí o motivo de o Octávio Mangabeira ter a sua lotação liberada no primeiro trimestre do ano, após começar 2007 com apenas 25% de sua capacidade máxima.

Outra informação relevante repassada foi que ela não conseguirá concluir a apuração nos 30 dias estabelecidos pelo Código Penal, conforme prometido desde o início dos trabalhos. O prazo, assim, que seria o próximo dia 25, será prorrogada até meados do mês de janeiro. “Fiz tudo que podia, mas infelizmente não deu. Uma pessoa vem, cita a outra e aí temos que ouvi-la”, lamentou.

Cerca de 30 pessoas já foram ouvidas por Marilda, que não soube dizer quem serão os próximos depoentos. É certo, porém, que ainda vai intimidar representantes da Codesal (Coordenadoria Especial de Defesa Civil) e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.

Pela manhã, o engenheiro José Rebelo Neto, da Sucom, também esteve no prédio da Secretaria de Segurança Pública.

A Tarde

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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