Salvador se vestiu de azul, vermelho e branco

Os pontos de venda foram os mesmos, a bilheteria quatro do estádio da Fonte Nova, e a sede de praia no bairro da Boca do Rio. Mas, de Itapagipe a Itapoan, passando pela Barra, Liberdade, Brotas e Cajazeiras, em todos os bairros, botecos e restaurantes, não houve lugar que nesta semana não vivenciasse, de alguma forma, direta ou indiretamente, a emoção, paixão, sofrimento e alegria do torcedor do Bahia nesta reta final da Série C do Campeonato Brasileiro. Foi como nada mais importasse em Salvador durante estes últimos sete dias, a não ser o grito fanático de “Bahêaa” fazendo eco em todos os cantos desta cidade, rumo à Série B em 2008.

Literalmente Salvador se vestiu de azul, vermelho e branco. Os “fanáticos” tricolores, alguns se autointitulam seguidores de uma paixão extrema, uma espécie de “religião” passaram a semana vestindo as cores do Bahia. Desde a camisa oficial, a toucas, bonés, adereços e adornos que ostentassem seu amor pelo tricolor baiano.

Em parte, uma explicação para tanta determinação. Foi como se os dois jogos decisivos para a volta do tricolor à Série B do Campeonato Brasileiro, em Salvador, no estádio da Fonte Nova, contra ABC, que o Bahia venceu por 3 a 0, na quinta-feira, e o de amanhã, contra o Vila Nova, fossem uma única partida, interminável, com lances intermináveis de paixão, amor e ódio, durante toda esta semana, dentro, e principalmente, fora de campo.

E foi no clima de “decisão” que o torcedor disputou no “tapa”, no peito e na raça, um ingresso para assistir ao seu time de coração. Foram 120 mil em dois jogos, mas mesmo assim foi pouco para tamanha paixão. No primeiro jogo, contra o ABC, os 60 mil ingressos se esgotaram em apenas dois dias. E ontem, quando se iniciou a venda para a partida contra o Vila Nova, a torcida tricolor se superou: no final da tarde já não haviam mais ingressos à venda.

A felicidade estava estampada no rosto de cada torcedor que conseguiu garantir a sua entrada. Já para quem não conseguiu, restou lamentar a ação dos cambistas, que assim como no começo da semana, agiam livremente tanto na sede de praia do clube, na Boca do Rio, quanto nas imediações da Fonte Nova.Tribuna da Bahia/Adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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