Memória Tricolor: Douglas da Silva Franklim

Recordo quando vi pela primeira vez Douglas jogar no Bahia, o jogo era contra o Coritiba na Fonte Nova, era um domingo chuvoso, acredito nos anos 71/72. Lembro também que ao ver aquele rapaz magrinho, cabelos longos e fita na cabeça entrando em campo no inicio do segundo tempo, imaginei, esse aí não joga nada. Errei feio, o tempo passou e hoje reputo Douglas como um dos maiores jogadores de toda história do Bahia. Em tempo, é impossível recordar do Douglas sem lembrar quase que obrigatóriamente do atacante Picolé, falecido em 5 de Agosto de 1995

Douglas, o Douglas da Silva Franklim, nascido no dia 9 de setembro de 1949, casado pela segunda vez, quatro filhos, ex-centroavante do Santos Futebol Clube entre 1967 e 1971, atualmente é treinador de futebol e em setembro de 2006 assumiu o comando do Camaçari FC, da cidade de Camaçari (BA) sem grande sucesso. Ele, que antes de ir para a Bahia morava em Barretos (SP), deu aulas de futebol na faculdade Soares de Oliveira e para a comunidade negra “Camarões”, daquela cidade do interior de São Paulo: “o Camarões quer se profissionalizar, mas ainda falta patrocínio”, dizia à época.

Douglas, foi um dos maiores ídolos do Bahia onde fez 211, no Santos balançou as redes 111 vezes, clube que deixou em 71 porque o saudoso técnico, o ex-zagueiro Mauro Ramos de Oliveira, o afastou do time santista por preferir Mazinho (irmão da mãe do zagueiro Cléber, o Clebão) e o gaúcho Laírton, ex-Esportivo de Bento Gonçalves-RS, um centroavante canhoto. “Mauro errou, Douglas jogava mais do que os dois juntos”, dizia, à época, o saudoso Mauro Pinheiro (falecido no dia 25 de janeiro de 1982), na Rádio Bandeirantes.

Douglas Franklin jogou, com os cabelos modelo “Novos Baianos”, no “Tricolor da Boa Terra”, o Esporte Clube Bahia, de 72 a 79, ao lado de Roberto Rebouças (já falecido), Sapatão, Osni e outros, na Portuguesa de Desportos, em 1980 (ao lado de Zé Mário Pinocchio e Wilson Carrasco, hoje técnicos), no Vitória da Bahia, em 81 (por três meses), no Leônico da Bahia, entre 81 e 85, e encerrou sua carreira no Barretos jogando lá de 86 a 88. “Gostei da cidade e por isso fiquei.” Com carinho e orgulho, sempre lembra que fez o primeiro gol do Estádio Rei Pelé em Maceió, Alagoas, em 1968.

Apesar de ter recebido convites para ser treinador profissional, Douglas diz que prefere trabalhar com as categorias de base. “No profissional você é obrigado a aceitar algumas coisas que eu não gosto. Por isso, acho que levo mais jeito para ensinar e me adaptei bem trabalhando com os jovens”, comenta Douglas.Do site do Milton Neves

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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