Gol do Bragantino calou 60 mil pessoas

O torcedor se supera a cada partida. Preste atenção ao número: 59.586 pagantes. Superado o público da estréia no octogonal decisivo da Série C em pouco mais de 900 tricolores, que aplaudiram o Bahia apesar do segundo empate seguido por 2×2 na Fonte Nova. Reconhecimento pela vontade e doação diante do Bragantino-SP na noite de ontem, mesmo com a pane da defesa aos 43 minutos do 2º tempo.

O time segue firme no caminho da Série B 2008. É terceiro colocado, com 11 pontos, um atrás de Crac-GO e do próprio Bragantino – líder e vice desta fase final –, mas tem a tabela como aliada nas três próximas rodadas. Domingo, o tricolor enfrenta o lanterna Nacional-PB, na cidade de Campina Grande, e retorna a Salvador para os dois primeiros jogos do returno: contra o mesmo Nacional e diante do Atlético-GO. A projeção é ousada, mas três vitórias podem colocar o time a três pontos dos 23 exigidos pela matemática que premiou o quarto colocado Barueri-SP ano passado. Para ratificar as contas, o matemático Marcelo Leme Arruda garante no site Chancedegol (www.chancedegol.com.br) que, com 23 pontos, o time terá 71,7% de chance de conseguir o acesso. Chances de cada time

Time

Título

Promoção

CRAC 68.2 % 98.7 %
Bragantino 14.2 % 85.2 %
Bahia 6.7 % 72.5 %
Atlético GO 5.9 % 70.3 %
ABC 4.8 % 66.5 %
Vila Nova GO 0.1 % 6.7 %
Barras menor que 0.01 % 0.06 %
Nacional PB menor que 0.01 % menor que 0.01 %

Os números rondam a cabeça do torcedor, mas o técnico Arturzinho prefere somar de três em três. “Eu até era bom de matemática, mas gosto de contar as vitórias uma a uma”, disse na véspera da partida. Ontem, restou computar apenas um ponto ao ver escapar o triunfo certo. O Bragantino jogou como Bragantino. Adiantou a marcação, congestionou o meio-campo e obrigou o Bahia a dar chutão. Os paulistas tinham a bola, mas era o tricolor quem criava as melhores oportunidades. Moré bateu desequilibrado; Nonato, cruzado; Eduardo tentou a cabeçada de costas. Mas aos 37 minutos, o artilheiro Nonato acertou o voleio no cruzamento perfeito de Adilson e fez a Fonte Nova tremer. Todo o estádio com camisas ao ar ao som de “Bahia minha vida, Bahia meu orgulho, Bahia meu amor!”.
A bronca do técnico Marcelo Veiga só pode ter surtido efeito no intervalo. O Bragantino partiu para o abafa e Rogério colocou a mão na bola dentro da área, aos sete minutos. Valdir Papel cobrou tão rente à trave, que Márcio não teve a menor chance de defesa. Ao contrário do se poderia imaginar, a torcida não esmoreceu. E o Bahia seguiu seu ritmo. Bola na área, rebote e Gléguer pega no susto o chute de Emerson Cris. O último lance do capitão na partida, substituído por Ávine. A imprensa torceu o nariz. “Arturzinho errou na substituição”, adiantou-se a maioria. Mas no primeiro toque na bola, Ávine é derrubado na área. Pênalti. Aos 21 minutos, Nonato bateu forte, no melhor estilo Nonato, e tornou-se o sexto maior artilheiro da história do clube, com 122 gols – 17 na Série C do Campeonato Brasileiro. Adeus Marcelo Ramos e Vareta, torcedor em êxtase na arquibancada. O Bahia poderia ter ampliado com Moré, mas parece que marcar na Fonte Nova não é mesmo a dele. Gléguer defendeu e lá se vão seis meses sem gols diante da torcida. Mas o time ia bem, era seguro. Até a pane geral da zaga aos 43. A cobrança de um escanteio despretensioso passou por todo mundo e acabou no pé direito de Davi. Castigo. O empate ainda poderia ser evitado nos acréscimos, mas Gléguer voltou a aparecer para salvar a falta de Carlos Alberto, no ângulo. “Todo grande time começa por um grande goleiro”, diria a sabedoria do futebol.Bahia 2×2 Bragantino Bahia: Márcio, Cléber Carioca (Neto Potiguar), Rogério e Eduardo; Carlos Alberto, Fausto, Emerson Cris (Ávine), Inho (Marcone) e Adilson; Moré e Nonato.
Técnico: Arturzinho.
Bragantino: Gléguer, César Gaúcho, Vanderlei (Rubens) e Da Silva; Niander, Santos, Paulinho, Somália e Tiago Vieira; Davi e Valdir Papel.
Técnico: Marcelo Veiga. Local: Estádio da Fonte Nova.
Gols: Nonato, aos 37 min. do 1º tempo; Valdir Papel, aos 8 min., Nonato, aos 21 min., Davi, aos 43 min. do 2º tempo.
Cartões amarelos: Cléber Carioca, Inho, Vanderlei, Da Silva, César Gaúcho.
Público: 59.586 pagantes.
Renda: R$509.605.
Arbitragem: Leandro Pedro Vauden (RS), assistido por Rogério Carlos Rolim (PR) e Cleidy Mary Santos Nunes Riberto (Fifa-SC).Confira
Quarta-feira
Crac-GO 4 x 0 ABC-RN
Nacional-PB 0 x 1 Atlético-GO

Quinta-feira
20h30
Vila Nova-GO x Barras-PI
Clique e veja a Classificação!
Correio da Bahia/AFI/Adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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