Nonato e Carlos Alberto: dois caminhos

É difícil ver Nonato e Carlos Alberto separados, no Fazendão. Para que o sucesso seja atingido dentro de campo, não é necessário que haja amizade fora dele, mas, no caso dos polêmicos tricolores, o entendimento acontece nos dois espaços.

Quando o lateral-direito Carlos Alberto chega à linha de fundo para fazer o cruzamento, pode-se reparar que ele sempre procura o “Maluco”, como os dois costumam se chamar.

Por incrível que pareça, apenas duas vezes – contra Rio Branco e Crac, na Fonte Nova – o gol saiu do entrosamento dos dois, mas é fato que os principais responsáveis pelas jogadas ofensivas do Bahia são eles.

Nonato já marcou 15 vezes na Série C. É o artilheiro tricolor e o vice da competição. Carlos Alberto ainda não deixou o dele, mas participou, decisivamente, de 11 gols. Ou seja, dos 37 gols do Bahia na Terceirona, apenas 13 não passaram pelos pés ou pela cabeça dos dois amigos.

Porém, o mais curioso é que, nas últimas partidas, o tricolor dificilmente encontra outra alternativa para marcar. Os triunfos milagrosos contra Fast e Crac só aconteceram graças ao tão criticado Carlos Alberto. Ele merece as vaias que recebe constantemente pela sua maneira irresponsável de atuar, deixando uma avenida no lado direito da defesa do Bahia. Se o excelente Alison não conseguisse se desdobrar, o time sofreria ainda mais com as investidas rivais.

Mas é necessário que a torcida dê um desconto, já que ele tem sido essencial, principalmente nos lances de bola parada. Preocupante é reparar que, dos últimos seis gols marcados por Nonato, cinco foram em cobranças de pênalti. Para piorar, dois deles foram inexistentes e outros dois, duvidosos.

Para comprovar a falta de criatividade, 13 dos últimos 16 gols tricolores foram marcados em cobrança de pênalti de Nonato ou em jogadas de Carlos Alberto. No começo do campeonato, quando os adversários eram mais fracos e o Bahia tinha um time mais arrumado, os gols variavam mais. Só três dos 20 primeiros marcados pelo tricolor na Série C aconteceram da maneira usual.

Óbvio – “Eles dois têm a mesma importância que todos do elenco”, afirmou o técnico Arturzinho, em referência a Nonato e Carlos Alberto. Segundo ele, é óbvio que a maioria dos gols tenha a participação deles. “Carlos Alberto é um jogador diferenciado nas bolas paradas e Nonato é o nosso finalizador”, explicou.

O treinador já teve muitos problemas com Carlos Alberto, mas acabou perdoando os atos de indisciplina do lateral, reconhecendo sua importância para o time e a total falta de opções para o setor.
Porém, Arturzinho não deixa de fazer suas críticas ao comandado. “Ele precisa ter mais regularidade tanto defensiva quanto ofensivamente”.

Enquanto isso, Luciano Baiano, que ainda não disputou uma partida este ano, já participou de coletivos na semana passada.Fonte – A Tarde

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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