Queda de rendimento preocupa torcida do Bahia

O Bahia manteve 100% de aproveitamento na Fonte Nova. É líder do Grupo 25, com sete pontos ganhos – quatro à frente do segundo colocado no quadrangular, o ABC-RN. Está mais próximo do octogonal decisivo da Série C do Campeonato Brasileiro. Os argumentos são válidos, mas o futebol do segundo tempo diante do Rio Branco-AC deixou torcida e imprensa de orelha em pé.

O que pode ter mudado tão drasticamente o rumo do jogo? O técnico Arturzinho diz que a falta do terceiro gol desestabilizou a equipe. Aliado a isso, seus atletas não estiveram numa grande noite. “Não estivemos bem técnica e individualmente”, completou. Nada mais natural. Acontece com as melhores equipes no decorrer de um campeonato longo.

Só que a discussão pública entre treinador e parte dos jogadores às vésperas do jogo alimentou o boato de instabilidade no grupo. A história do corpo mole voltou à tona.

“Não existe isso. Acontece que alguns jogadores não têm sido aproveitados e dão uma esmorecida. Cabe a nós, da comissão técnica, mantê-los em alerta e motivados”, justificou o treinador.

O primeiro sinal foi dado antes da partida contra o ASA-AL, dia 29 de julho, quando uns e outros tentaram escapar da viagem rasteira até Arapiraca. O alarme voltou a soar na quarta-feira passada, e o terceiro time tricolor ouviu o pito ao pé do ouvido, desta vez, pelo desdém à possibilidade de treinar na Fonte Nova.

“Tem gente que paga para jogar aqui”, bradou o treinador, e com justiça. Qualquer profissional que se preze precisa cumprir com suas obrigações – mesmo quando o nome não consta na lista de prioridades. O elenco inchado, formado oficialmente por 35 jogadores, surgiria naturalmente como desculpa para o marasmo dos menos utilizados, mas Arturzinho descarta a teoria.

“O grupo não é grande. Acontece que tenho o costume de trabalhar com alguns juniores. Já teve jogos em que tinha os 18 (jogadores) contados”, analisa, corretamente. Ananias, Paulo Cézar, Paulo Eduardo, Bruno Lopes, Diogo e Williames só compõem o elenco.

Futuro – O “problema” é mesmo o número de atacantes. “Tenho sete para a posição. E aí, o que eu faço?”, questiona. Seja como for, Harley e Ednei têm sido preteridos, inclusive, do banco. Precisam administrar o ostracismo, enquanto aguardam futura oportunidade. Um futuro um pouco mais longínquo que a partida do próximo dia 30, contra o mesmo Rio Branco-AC, na Arena da Floresta. Nonato, Charles e Moré permanecem na dianteira pela preferência do treinador.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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