Nesta disputa, pelo não rebaixamento entre o Bahia, Vitória e São Paulo, não pensem que será do mesmo nível contra o Internacional, em 2016. Apesar de toda a força dos gaúchos, sudeste é sudeste. Para a mídia nacional, engolem-se o futebol gaúcho e o mineiro, pelos sucessos deles, mas em primeiro lugar sempre estarão os clubes do Rio e de São Paulo. Vê-se claramente no tempo dos noticiários dedicados aos clubes do sudeste. O resto deixam para Belo Horizonte e Porto Alegre e o resto do resto, para os demais times.
Enquanto o Internacional lutou só contra o seu rebaixamento, os paulistas vão fazer tudo, para se evitar a queda do São Paulo. Imagine, até o hoje comentarista do Sportv, Muricy Ramalho, deseja auxiliar os paulistas. Na onda vai toda a imprensa, Federação Paulista e CBF, no nítido desejo de não ver a queda de um grande do futebol brasileiro.
O Vitória se prepare que vai ser um jogo dificílimo e dificultado pelos antecedentes deste ano. Pensem conosco. A dificuldade do visitante hoje é mais cultural, digamos. Antes era real, pois haveria dificuldade na adaptação ao gramado, mas hoje há um certo padrão de qualidade. Assim o que pesa é o preconceito de se jogar na casa do inimigo com sua torcida ao lado.
Nesse ítem, infelizmente, em 2017, o Vitória foi infeliz ao se tornar um péssimo mandante. Aí o preconceito, no seu sentido literal, passa a inexistir e o clube em vez de aqui chegar com receio, vem com a certeza de um bom resultado e os rubro-negros em vez da certeza do triunfo entra na dúvida de cair na triste rotina e o jogo passa a ser complicado.
O Vitória tem de estar muito bem preparado psicológica e tecnicamente. Estaremos numa baía de todos os Santos, mas São Paulo vem com todos os colegas santos de lá e talvez até no apito. Na dúvida, para um Santo e não para nossos orixás. Fiquem de olho no São Paulo.
Atahualpa – Amigo e colaborador do BLOG