Qual o melhor caminho para o Esporte Clube Vitória?

Salve, salve amada Nação Rubro-Negra!

Depois de mais um infortúnio seguido do Vitória de Alexi Portela, é chegada a hora de parar, avaliar de onde viemos, onde estamos e onde pretendemos chegar.

Então Raimundo Viana saia da ré que Mocota vai meter a quinta!
VRUUUUUUUUUUUM… FON FON!

O Vitória nasceu em 1899 e tinha os esportes olímpicos como sua prioridade. O futebol era praticado no Campo da Pólvora. Até o início da década de 1950 o Vitória ainda não tinha se profissionalizado totalmente e deixou de disputar diversos campeonatos.

Em 1953, disputou um campeonato integralmente na Fonte Nova conquistando o titulo frente ao Botafogo. Em 1980, no mandato de José Rocha, teve o inicio das obras do Barradão. Em 1986 o estádio foi inaugurado. Mesmo possuindo estádio próprio, o Vitória continuava sendo saco de pancada tanto dentro da Bahia quanto fora dela.

Em 1991, o Vitória saiu de gestões amadoras como as de José Rocha e os Raimundos Vianas da vida e adotou um projeto que elevasse o clube na busca de novas conquistas.

Eis que assume o comando do Leão o grupo de Paulo Carneiro. Este grupo reinaugurou o Barradão, deu uma rasteira no Bahia trazendo toda divisão de base tricolor mais Newton Mota. Além disso, enfrentou a imprensa e políticos daquela época e decretou: “A partir de agora o mando de campo do Vitória será o Barradão.”

Paulo Carneiro estava certo em mudar de casa. Válido lembrar que mudar de bairro fez tão bem, que mesmo tirando o Vitória do Centro da cidade e levando para Canabrava, o Vitória cresceu muito. Basta observar a quantidade de vezes que conquistamos o Baianão e o Nordestão.
Se Paulo Carneiro, em 1990, declarasse que em 1997 o Vitória contrataria um atleta titular da seleção brasileira que ainda tivesse condições de disputar mais uma Copa do Mundo, certamente a torcida do Bahia, mais muitos torcedores do Vitória declararia: “Vixe Maria! Paulo Carneiro está delirando mais que Binha de São Caetano”.

Mas não minha gente. Paulo Carneiro não tinha sonhos. Paulo Carneiro tinha um revolucionário projeto em mãos. Fato confirmado quando em 1997 Bebeto chegou no Barradão e trouxe no vácuo Tulio e Petkovic.

Para ter uma ideia o quanto é benéfico ter um projeto revolucionário em mãos, basta observar que naquele ano, enquanto o Vitória fechou parceria com o Banco Excel e ficou com cara de uma BMW, o Bahia fechou contrato com a Hyundai e ficou com cara de Besta.

O tempo passa e as coisas mudam. Sendo assim, o tempo passou e Paulo Carneiro percebeu que o Barradão já tinha dado o que tinha que dar. Se fosse para o Vitória chegar ao posto de “clube candidato ao titulo do Brasileiro” seria preciso mudar para a Paralela.

Como Paulo Carneiro é um excelente marqueteiro , mas péssimo administrador, com a falta de uma boa gestão financeira deixou o clube chegar ao fundo do poço devendo a atletas, funcionários do clube, fornecedor e desta forma foi expulso da presidência do Vitória e não pode executar o Projeto Paralela.

Eis que aparece Alexi Portela, injeta dinheiro do próprio bolso e ao contrario de Paulo Careiro, Alexi demonstrou ao longo dos anos ser um excelente administrador, porem um péssimo marqueteiro.

Alexi Portela também percebeu que Canabrava não conseguiria oferecer a mesma visibilidade, localização, acesso e segurança que a Paralela. Mesmo que timidamente, até a antes do Brasil ser eleito país sede da Copa de 2014, Portela defendeu que o Vitória deveria mudar para uma via que passasse mais de 240 mil veículos por dia. Ou seja, a Paralela.

Outra bela sacada de Alexi Portela foi manter quase toda equipe que trabalhou para Paulo Carneiro (inclusive o grande finalista Ricardo Silva), investiu nas categorias de base, colocou dinheiro do próprio bolso e passou a contratar por atacado.

Mesmo fazendo muitas contratações inexplicáveis, em apenas quatro temporadas Alexi tirou o Vitória da Serie C e levou o clube até uma final de Copa do Brasil.

Porém, chegou a hora de construir uma Copa do Mundo nas terras tupiniquins, e como de praxe no Brasil, os políticos e as grandes empresas ficam ligadas para tirar vantagen$ em tudo.

Como a OAS e a Odebrecht fazem altos investimentos em campanhas politicas, se acham no direito de obter grandes retornos.

A estratégia foi simples. Construir a Arena Fonte Nova por um valor três vezes a mais do que ela realmente vale e administrar o estádio depois de pronto. Mas para a viabilização da Arena seria necessário a presença tanto da torcida do Bahia quanto a torcida do Vitória.

Diferentemente de Paulo Carneiro, Alexi não teve coragem de peitar a imprensa, empreiteiras e os políticos. Por este motivo, também abandou o Projeto Paralela e juntamente com Carlos Falcão passou a defender a mudança do Vitória para a Arena 51.

Só que a imprensa jabazeira, José Rocha, Alexi Portel, Ney Campelo e Carlos Falcão não contavam com a sabedoria da maior parte da torcida do Vitória que decretou: “Nós não iremos para Arena 51 viver como peixinhos enlatados!”.

Após muita pressão, a maior parte da torcida rejeitou a Arena 51 e ficou dividida entre Canabrava e a Paralela para triplicar as próprias receitas e consequentemente montar grandes elencos.
Como Canabrava não oferece nem boa localização, nem visibilidade, nem acesso e muito menos segurança para que o Esporte Clube Vitória triplique suas receitas é questão de tempo o Vitória mudar a Paralela.

Porem, para tal mudança ocorrer, existe alguns empecilhos que o Vitória terá que superar, como ir contra as determinações do governador que é tricolor.
Por coincidência, ou não, após cair na mídia que um torcedor do Vitória escreveu uma carta ao Presidente do Bahia e logo depois em outro texto este mesmo torcedor revelou alguns detalhes de um megaprojeto sustentável, o governador tricolor Rui Costa voltou a baixar mais um decreto sobre a Via Expressa agora no dia 08 de maio de 2015.

Aqui pra nós. O governador é inteligente e sabe que se o Vitória partir para construir um Projeto revolucionário na Paralela, o Bahia não vai ficar parado. Desta forma qual a satisfação que ele dará para o Consorcio que administra a Fonte Nova se o Bahia resolver sair da Arena Fonte Nova, também?

Afinal de contas o combinado entre os políticos baianos e as grandes empreiteiras era ter muito lucro colocando o Bahia e o Vitória jogando na Fonte Nova e não perder os dois.

Mas isso, amados irmãos Rubro-Negros, já é uma outra história. Nossa atitude, hoje, como torcedor do Vitória é que definirá como ela será escrita.

Existem três caminhos a seguir: Pedir a volta de Paulo Carneiro, colaborar com a permanência de Alexi Portela ou lutar por uma Democracia verdadeira e plena?

Mocodica do dia:

Cada sócio Rubro-Negro tem inteligência mais que suficiente para escolher o melhor caminho para o Esporte Clube Vitória.
Att, J Mocota
——————
Eleições Diretas em 2016.
Avante Leão!

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

Deixe seu comentário